Cada peti pave é um passo apressado no
coração do Centro da cidade dos pinhões que fazem calçadas. Que de mignon, ao
lado do luminoso quente de placa com pastor alemão, na boca sem sorriso da Boca
Maldita, não passa de coxão mole, talvez fraldinha. No máximo, cafetões com
putas pobres sem dente, sorriso falso do velho falso rico advogado falido que
lustrou os sapatos com o menino pobre na manhã de nojo, naquele café sujo, logo
ali, na boca do brilho. Onde está sua língua, Boca Maldita? Não, você não forma
mais opiniões. Cada mendigo louco embriagado de crack são suas aftas: ferida
aberta e dolorosa, fazedora do câncer que matou seus pensadores com fumaça de
cachimbo. CURITIBA: sua boca derreteu seu cérebro, sua boca cobra R$10 por um
boquete, sua boca fuma Classic a R$1 comprado em terminais formigueiros de
gente, sua boca engole seco o sopão dos caridosos nas noites de 0 grau.
Nem doses e próteses dentárias te farão
curar. Seu lábio rachou entre esquerdas e direitas infundadas, exalam a
podridão do hálito das loiras topetudas madames fúteis que já não te frequentam
mais, das que te trocaram por shoppings centers. Bon Appétit, sua vaca! (seu
espetinho de gato tá na mesa).
(Bruna Alcantara, Bar Mignon. 09/10/13)
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